quarta-feira, 6 de julho de 2016

Relatos das experiências vividas pela estagiária Licéria A. Engel


            Esse trabalho de produção textual foi realizado durante o período de Estágio Supervisionado de Língua Portuguesa no Ensino Fundamental II da estudante de Letras Português/Alemão Licéria A. Engel com a turma de 7º ano da escola.
            O período de estágio compôs-se de duas etapas: a primeira se refere aos dias de observação das aulas de Português, num total de 13 horas, com o objetivo de buscar e analisar informações iniciais referentes à escola e seu contexto social, à metodologia das aulas adotadas pela professora titular e as características da turma.
            A segunda parte do estágio tem como objetivo registrar o percurso de formação do futuro professor de português. O estágio tinha como foco o desenvolvimento e prática de projetos de sequências didáticas, onde a gramática poderia ser trabalhada de forma contextualizada com um gênero textual específico, nesse caso, contos e artigos.
            Durante o período, trabalhou-se as características do conto bem como a retomada dos artigos e suas classificações. Esse trabalho se deu através da leitura e da escrita.
            Houve a leitura de diversos contos como por exemplo, os cinco contos da obra Os contos de Beedle, o Bardo, de J.K.Rowling e diversos contos de autores brasileiros. As produções textuais foram realizadas de diversas formas, como por exemplo, por meio de uma produção inicial, resumo de um conto com suas respectivas características identificadas pelos alunos, a produção de um segundo conto e a produção final.
            A partir da produção final, efetuou-se um concurso de leitura no dia 16 de maio. Sete textos de alunos foram escolhidos por meio de votação em grupos menores, sendo que os ganhadores desses grupos, apresentaram-se para os demais. Nessa etapa também houve uma votação por parte dos alunos-observadores.
            Embora, a votação deveria se dar através de critérios como apresentação, postura, criatividade do texto e tom de voz, percebeu-se que a afinidade dos alunos influenciou a votação e teve prioridade durante a escolha do texto do que os aspectos citados anteriormente, por isso, os textos escolhidos podem não apresentar as características de um conto.
            A turma teve potencial e criatividade na produção de seus textos.

Seguem as produções textuais:



O conto dos três irmãos

            Em um belo dia, três irmãos estavam indo ao campo de futebol para jogar bola. O primeiro irmão se chamava Leonardo, o mais velho, Nícolas, e o mais novo, Pedro.
            Chegando lá, viram que as goleiras não estavam. Então resolveram procurá-las. Foram para um lado, foram para outro e nada de encontrá-las. O irmão mais velho disse que não descansaria, mas os outros dois estavam muito cansados. Então, começaram a discutir. Os irmãos mais novos foram embora e o mais velho continuou ali.
            Já era noite e o irmão mais velho ainda estava procurando as goleiras e não tinha noção de onde elas estavam. Ele gostava muito de futebol. Ele resolveu ir para casa e, foi falar com os irmãos:
- Vocês me decepcionaram. - disse Nícolas.
- Mas você não quis vir para casa - disse Pedro.
Os dois irmãos brigaram até que Leonardo falou:
- As duas goleiras estavam velhas e devem ter ido para o conserto.
- Elas foram para o conserto. - disse Nícolas.
            Eles foram aos lugares em que se consertavam goleiras, mas elas não estavam em nenhum lugar. Eles ficaram tristes e deram uma procurada em um número de telefone, mas não encontraram nenhum.
            Eles foram dormir. No dia seguinte acordaram, tomaram café, foram para o campo e as goleiras estavam ali. Mas Nícolas falou que elas não estavam ali.
            Então Pedro falou que jogaram ali no dia anterior. Então Nícolas descobriu que era só um sonho.


João Henrique
7º Ano

O conto dos três irmãos

            Há algum tempo, em uma cidade chamada Veneza, na Itália, morava uma menina muito bonita. Seu nome era Sofia e ela era muito triste pelo fato de não ter irmãos.
            Um certo dia, Sofia teve uma grande ideia e correu contar para sua mãe:
- Mamãe! Mamãe!
- Nossa filha! Aconteceu alguma coisa?
- Sim mamãe! Eu tive uma brilhante ideia!
- Me conte então Sofia... Estou curiosa!
- Eu vou criar dois irmãos imaginários e assim nunca mais terei que brincar sozinha.
- Ok filha, mas não vá muito longe com essa história.
            Sofia ficou tão empolgada, mas tão empolgada com a história de ter irmãos que começou a ficar meio maluquinha. Ela imaginava que tudo o que ela queria os irmãos conseguiam para ela. Ela chegou a sofrer bullyng  na escola por esse motivo...
- Você é louca mesmo Sofia! Onde já se viu ter irmãos imaginários?
- Pelo menos eu sou feliz!
            Até que um dia a mãe de Sofia percebeu que sua filha estava louca mesmo. E a menina teve que fazer anos de terapia para voltar ao normal.
  
Rafaela Neumann Moreira
7º Ano

O conto dos três irmãos

            Tamires, Talita e Gabriel eram três irmãos. Tamires e Talita por parte de pai e Gabriel por parte de mãe. Eles descobriram que a mãe estava grávida de uma menina, então eles passaram a ser mais unidos porque os três irmãos iam virar quatro.
            O tempo foi passando e Tailine (nome da menina) foi crescendo e ela ganhou telefone, Facebook, internet, jogos, wattpad e… whatsapp. Conversa vai, conversa vem e, coisas erradas vieram. O arrependimento bateu, mas agora é tarde. Confiou em pessoas, foi influenciada. E no que deu? Em tragédia. Bullyng. Comentários ofensivos. E por incrível que pareça, apoio para continuar. Mas ainda assim os comentários continuavam:
- Por que você fez isso?
- Você é louca.
            E a causa de tudo isso? Simples, o que a maioria dos jovens faz. Só que ainda tem alguns que não sabem disso.
            Tailine atordoada com tudo isso fez um, dois, três, quatro... O que pode matar? Dicas: lâmina, braço, sangue, estrago. Isso mesmo, cortes, cortes rasos, cortes fundos por diversas partes do corpo, braço, pulso, barriga, pescoço.
            As amigas, percebendo os cortes, perguntavam:
            - O que é isso?
            - Por que você fez isso?
            - Meu Deus para que isso?
            Tailine respondia todas às perguntas.
            - Por causa disso.
            - Por causa daquilo.
            - Por que eu não fui forte o bastante.
            Os cortes eram como uma dose de anestesia que aliviava a dor por dentro. Ela não influenciava ninguém a fazer isso, mas quando se começa é difícil parar.
            E assim a vida continuava. Ela parou de se cortar, mas não prometeu parar, porque ela não pôde prometer uma coisa que certamente não poderia cumprir, mas foi tentando e procurando ser feliz, procurando amizades, buscando conhecimentos das coisas e principalmente, não viveu mais do passado, porque quem vive de passado é museu, e quem a chamou de nomes estúpidos sobre o que ela fez ou deixou de fazer, cuidado para não morder sua língua, ela pode soltar veneno.

Tailine B. W. Ribeiro
7º ano


Alunos recebendo a premiação